sábado, 10 de março de 2012

Do tempo, do desejo e da necessidade.




Passam as noites uma a uma. Todas as noites com a mesma trilha sonora. Noites passadas em branco, tantas informações e nenhuma ação. Sempre tive dificuldade com as objetividades da vida, como se vivesse sempre entre linhas. Entre linhas... Entre na linha. Qual é essa linha? A linha que me leva onde quero chegar? E eu quero chegar lá! Com o
punho em riste vou gritar e depois vou sentir vergonha de não poder conter em mim algo que pertence somente a minha pessoa.

Sempre que penso no futuro não sei que futuro é esse. Perco a Fé por momentos, esqueço do que sou capaz. De que sou eu mesmo capaz? Não soube me provar ainda, não provei o gosto da satisfação desse desejo, desejo de desejar coisas melhores para mim e para nós. Nós somos todos nós! Todos os que aqui estamos, aqui nesta presente terra que anuncia o caos! Quem vai nos dizer o que fazer? NINGUÉM! Essa é a verdade verdadeira que todos queremos ouvir quando crianças.
E assim vai explodindo tudo, confundindo as imagens na cabeça, já não sabemos mais para onde ir! O caminho que foi marcado carece de explicação e digamos que nem sempre foi marcado. Essas fases que a vida tem são tantas e tão poucas e se resumem à mesma coisa, avante é a solução! A força nasce do desespero o desespero da desilusão cega daquele que deixou de ver o cosmos em erupção. Estamos aqui! Todos, que somos todos nós, aqueles que abrem a boca para pensar, pensarmos na vida, na vida que pensa em nós como pequenos monstros comedores de desperdício, e com a boca aberta. Falamos em liberdade mas estamos presos aos nossos delírios, queremos voz mas não falamos a verdade, heis aqui o grande dilema:
O que queremos? A paixão da vida que vive desmedida, o sangue que corre quase sempre frio na veia, a dor que pedimos cada dia a gritos.
De que precisamos? Da mãe natureza que nos embale no seu seio que perece, os olhos que esperamos aparecer atrás de cada nuvem vigiando nossas vitórias, um salto para a vida que existe perante os olhos e que é ofuscada pela corrida atropelada dos transeuntes.
Não diga que sou pessimista, posso estar com um ar de depressão, mas é assim que vejo a tela que se pinta todo dia, por vezes fétida, encarniçada e mais algumas encantada e resplandecente a me sorrir.

Voltando depois de séculos e tentando dar uma limpada nessa casa que esta cheia de coisas que não pertencem mais. Vamos ver se dessa vez anda mesmo! As ilustrações são da artista italiana Silvia Pelissero, acabei de me encontrar com elas via StumbleUpon e achei dignas de menção. Até o próximo insight!


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